Jul11
2012
Foi um repto político e é uma tendência que está a crescer. Todos os dias, em Portugal, são aprovados novos projetos de investimento a jovens agricultores. Fomos conhecer cinco deles, que largaram os empregos e, com a crise, decidiram dedicar-se à agricultura.
Alexandra Machado
De engenheira agrónoma a agricultora
Esteve para ser veterinária mas, como não entrou no curso, optou por ser engenheira agrónoma, vertente zootécnica.
Quando acabou a licenciatura, Alexandra Machado, hoje com 34 anos, trabalhou alguns meses com cavalos, depois fez teledeteção (ver se as superfícies foram cultivadas ou não), trabalhou num laboratório de saúde animal e segurança alimentar, geriu uma quinta de enoturismo (Quinta do Vallado), fez uma pós-graduação em Enologia, deu várias formações na Católica, na Sincor, na Confagri.
Mas em maio do ano passado deu a última formação. Depois dessa, mais nada. O marido, com as mesmas habilitações, também tinha apenas trabalhos ocasionais. Entretanto, nasceu-lhes uma filha. Já não podiam pensar só em si nem em conformar-se com vencimentos esporádicos. Tinham de arranjar uma solução.
Se calhar era mesmo desta que iam meter mãos a um projeto agrícola: «Já há dois anos que refletíamos nisso. Já tínhamos pensado em criar porcos bísaros, caracóis, já tínhamos pensado produzir cogumelos, vinha... decidimo-nos por mirtilos.»
Foi então que falaram com um amigo, que está a criar uma rede de pequenos produtores de frutos, e que lhes garantiu o escoamento do mirtilo: «Vai ser tudo para exportação, sobretudo para os países nórdicos.»
Alexandra e o marido vivem em Celorico de Basto e encontraram um terreno para arrendar, depois de uma busca que durou ano e meio.
Descobriram-no por acaso, três hectares de terra ali tão perto, e foi uma alegria quando o viram e quando o senhor que desvenda se os terrenos são fartos em água chegou, de varinha numa mão e molho de chaves na outra, a dizer que sim, confirmava-se: ali havia água que era uma beleza.
O projeto foi entregue há pouco tempo no Proder e agora aguardam a aprovação (porque o Proder financia sessenta por cento a fundo perdido): «Lemos muito sobre o mirtilo e estamos a pensar plantar em outubro.
Vamos comprar as plantas com dois anos e só daqui a dois é que dão fruto. Até lá? Vamos vivendo da generosidade dos pais... O meu pai, que é técnico agrícola, ficou receoso de nos termos metido nisto. Ele sabe bem o que é. Mas nós temos de arriscar.
E quando andámos a tratar de tudo no Proder percebemos que há muita gente a virar-se para a agricultura, para a terra. Os empregos estão saturados, não há mercado para toda a gente.
A agricultura é difícil mas possível. Tem-se um terreno, cultiva-se, colhe-se, vende-se. O nosso projeto é muito modesto, não dá para ficarmos ricos. Preferimos pensar nas coisas com calma para não perdermos tudo. Passo a passo. Grão a grão.»
Mirtilo a mirtilo. Serão cerca de três mil plantas, com uma colheita por ano. Espera-se que seja uma boa colheita, que dê para viver os restantes 365 dias. Eles acreditam. Agora só falta começar
Veja os outros casos em
http://www.dn.pt/revistas/nm/interior.aspx?content_id=2651490
Fonte: Diário de Notícias
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